Ultima atualização: 17/04/2021
1 – ELEVAR A CAÇA A BEM ESSENCIAL E DE UTILIDADE PÚBLICA
A caça é uma atividade essencial, fundamental e de interesse público, entendendo-se esta como atividade fulcral e estruturante do Mundo Rural sendo indissociável do ordenamento do território, contribuindo para o desenvolvimento económico, fundamental na fixação das suas gentes e com papel preponderante na proteção das pessoas e bens das zonas rurais e do interior do país e ilhas.
Garantia da biodiversidade, sustentabilidade e gestão dos recursos naturais.
A atividade de caça, além disso, é uma atividade económica em si. O setor da caça gera empregos, principalmente no meio rural, em regiões de baixa densidade populacional e a época da caça proporciona uma injeção económica no interior do país.
A atividade de caça, destaca-se também, pelo seu contributo social. O setor desenvolve atividades de educação e sensibilização realizadas por entidades gestoras de caça. Também tem um impacto positivo na segurança rodoviária, na saúde animal e na redução de estragos agrícolas, além de gerar raízes sociais e valor cultural.
Por tudo isso, é fulcral que a Caça seja oficialmente declarada como ATIVIDADE ESSENCIAL DE INTERESSE PÚBLICO, salvaguarda da economia do meio rural e do meio ambiente.
2 – CERTIFICAÇÃO DA CARNE DE CAÇA
A carne representa a principal fonte de proteína na dieta humana, sendo aquela de maior valor biológico e de elevados índices de digestibilidade.
O superior valor nutricional da carne de caça está sobejamente provado.
A carne proveniente de espécies cinegéticas acrescenta diversidade na dieta alimentar, sendo considerada de qualidade superior, pois apresenta um baixo teor lipídico e da sua composição fazem parte elevadas concentrações de ácidos gordos polinsaturados. cit Quaresma e Antunes – Faculdade de Medicina Veterinária -LISBOA.
O inquestionável valor gastronómico e o importante valor nutricional da carne de caça tem tido um aumento na procura a nível europeu.
É objetivo da #JUNTOSPELOMUNDORURAL encetar parcerias com as universidades e entidades oficiais, nomeadamente, Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural – DGADR, no sentido da valorização e certificação da carne de caça:
- Produtos Tradicionais
- DOP – Denominação de Origem Protegida
- IGP – Indicação Geográfica Protegida
- ETG – Especialidade Tradicional Garantida
É objetivo da #JUNTOSPELOMUNDORURAL desenvolver sinergias com as entidades competentes – Municípios, Grupos de Ação Local e Entidades de Desenvolvimento do Território Nacional, com dupla vertente:
- Divulgação do valor nutricional da carne de caça
- Criação de valor acrescentado para a fileira da caça
3 – ESTATUTO DE UTILIDADE PÚBLICA DOS CÃES DE MATILHA DE CAÇA MAIOR
“Ele possui a beleza sem vaidade, a força sem insolência, a coragem sem ferocidade. Todas as virtudes do Homem sem os seus vícios. Foi o único amigo que tive a ventura de conhecer.” Lord Byron
Como é do conhecimento de todos, os cães desempenham funções de primordial importância no nosso dia-a-dia.
Uma das grandes preocupações para a OMS – Organização Mundial de Saúde, é a qualidade de vida, uma vez que está diretamente relacionada com a saúde e, por sua vez, com a determinação do impacto pessoal, social e psicológico nas pessoas.
O Cão de matilha, devidamente registado no ICNF, deverá ser considerado um cão de trabalho.
O seu trabalho deverá ser valorizado de forma a enaltecer a sua prestação no território rural.
Dadas as suas características únicas, os cães de matilha são utilizados de forma especial por matilheiros, criando um binómio único com destaque em 3 vertentes:
Minimização dos estragos nas culturas agrícolas
Como controlo populacional de espécies que provocam estragos nas culturas agrícolas, minimizando as indemnizações que o estado terá de restituir aos agricultores.
Prevenção rodoviária
Os acidentes com espécies de caça maior são hoje uma realidade crescente com forte impacto na sinistralidade.
Saúde Pública
A Peste Suína Africana (PSA), é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus. Afeta suínos domésticos e selvagens (javalis), e está presente no continente Europeu.
O sector suinícola e o sector da caça podem sofrer impactos económicas de registo.
O potencial risco de surgimento de focos de PSA em Portugal, as zoonoses e epizootias que afetam as espécies de caça maior, são inultrapassáveis nas questões de saúde pública.
4 – IMPLEMENTAÇÃO DA DISCIPLINA CURRICULAR DE INTRODUÇÃO AO MUNDO RURAL E TRADIÇÕES
O fenómeno do aumento populacional nas cidades teve a sua génese com o denominado “êxodo rural”. Existem cada vez menos pessoas a habitar nas regiões do interior do país – zonas de baixa densidade populacional (consideradas rurais) e mais a habitar nas grandes cidades do litoral.
Esta concentração populacional nas cidades e a sua evolução teve um impacto significativo na natureza, desencadeando diversos problemas ambientais, como a poluição, o desmatamento, a redução de biodiversidades, alterações climáticas, uma maior produção de resíduos, etc.
Por seu lado, o esvaziamento populacional das zonas rurais (sobretudo, no interior do país onde há alguns concelhos rurais que têm densidades populacionais entre os quatro e sete habitantes, como é o caso de Alcoutim, em oposição a cidades como a Amadora, que atinge mais de sete mil habitantes por quilómetro quadrado) veio a criar pobreza, desertificação, abandono e uma irremediável tendência para a extinção das atividades rurais, culturais e tradicionais que ainda aí existem.
A consciência da nossa cultura é o legado mais importante que podemos dar aos nossos filhos e as Escolas também deverão ter este ónus de ensinar aos alunos o valor das nossas idiossincrasias, da nossa língua, território, arte, atividades seculares, tradições e história.
Uma disciplina dividida em 4 módulos principais:
1 – Êxodo Rural, Gerações e Território.
2 – Alimentação e Ingredientes da dieta Mediterrânica.
3 – Festas, Feriados e Tradições.
4 – Atividades Económicas, profissões e Patrimónios materiais e imateriais da humanidade.
Mais que uma disciplina, esta será:
- Uma aula de Cultura Geral.
- Um autoconhecimento dos alunos, face ao seu país de origem ou de acolhimento.
- Uma dissertação sobre os valores culturais sobre os quais assenta o nosso país e a nossa família.
- Uma transmissão, um legado cultural.
- Uma ponte para o ensino técnico, profissional e universitário, quer seja, agrário, histórico, turístico e cultural.
- Criação de dinâmicas de investimento no interior.
- Captação de interesse profissional.
- Criação de um corpo docente e de um conselho científico próprio.
ASSINA a PETIÇÃO: https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT107791
Links Úteis:
https://www.pordata.pt/Tema/Municipios/Agricultura+e+Pescas-90
https://www.dgadr.gov.pt/diversificacao/turismo-rural/caracteristicas-do-turismo-no-espaco-rural#Definicoes
https://unescoportugal.mne.gov.pt/pt/temas/proteger-o-nosso-patrimonio-e-promover-a-criatividade/patrimonio-cultural-imaterial-em-portugal